Dados do Trabalho


Título

Fatores de mau prognóstico associados à injúria renal aguda em pacientes críticos

Objetivo

Avaliar correlação da Injúria Renal Aguda (IRA) com fatores prognósticos em um centro de terapia intensiva (CTI) em um hospital público terciário do Brasil.

Métodos

Foram coletados dados observacionais e prospectivos diariamente em um centro de terapia intensiva em um hospital público terciário do Brasil de forma a avaliar fatores preditores de mau prognóstico associados à pacientes críticos com IRA.

Resultados

Foram admitidos 69 pacientes no CTI, com média de 52 ±10 anos de idade, sendo 70% do sexo feminino. Dos pacientes admitidos no CTI 58% apresentaram IRA com uma mediana da maior creatinina (CR) durante a internação de 1.15 e intervalos interquartis (IIQ) de (0.90, 2.15) comparado aos sem injúria aguda com CR de 0.80 e IQQ de (0.70, 1.00; p<0.001) e com maior necessidade de terapia renal substitutiva (26% vs 3.8%; p=0.039). Os pacientes que apresentaram IRA tiveram frequência de dias de internação no CTI maior com mediana de 8 e IIQ de (5, 18) comparado aos sem IRA com mediana de 4 e IIQ de (3, 5; p<0.001), mais sepse (68% vs 31%; p=0.003), necessitaram de ventilação mecânica (58% vs 21%; p=0.003) e progrediram mais para óbito (18% vs 0%; p=0.017).

Conclusão

Pacientes críticos muitas vezes apresentam IRA na admissão ou durante a internação. O presente estudo mostrou importante relação entre IRA e mau prognóstico. Os resultados sugerem a importância de intervenções mais precoces e eficazes em pacientes críticos com potencial risco de desenvolver injúria renal aguda.

Área

Índices Prognósticos

Autores

Luiz Paulino Gomes Neto, Raoni de Oliveira Domingues da Silva, Melina de Paiva Bezerra Vidal, Paulo Eliézer Teixeira de Araújo Júnior, Cauê Feitosa Mariano, Lorena Sampaio de Pinho Pessoa, Elizabeth de Francesco Daher, Renan Gomes Mendes Diniz