Dados do Trabalho


Título

Análise multidimensional das vítimas internadas por intoxicação exógena em centros de terapia intensiva pelo SUS.

Objetivo

Entende-se por intoxicação exógena um conjunto de efeitos deletérios acarretados pela interação de agentes tóxicos com o sistema biológico. As intoxicações correspondem a um número considerável de internações anuais de pacientes em leitos de terapia intensiva. O presente artigo visa traçar o perfil epidemiológico das vítimas de intoxicação exógena internadas em centros de terapia intensiva pelo SUS no Brasil, entre os anos de 2011 e 2021.

Métodos

Estudo epidemiológico de metadados, retrospectivo, analítico e quantitativo realizado por meio do levantamento de notificações apresentadas pelo Sistema de Informações de Agravos e Notificações, disponíveis na base de dados TABNET/DATASUS, por meio das seguintes variáveis: ano de notificação, raça, sexo, faixa etária, região e agente tóxico. Por se tratar de informações de domínio público, não foi necessária a submissão a um Comitê de Ética em Pesquisa.

Resultados

A taxa de incidência das intoxicações exógenas no Brasil teve um aumento significativo entre 2016 e 2019, mantendo índices elevados posteriormente. Das 544.506 notificações nos 10 anos estudados, 16,7% foram no ano de 2019, 73% do sexo feminino, 46,4% da raça branca, 75% com o uso de medicações, 50% na região Sudeste e 50,2% entre 20 e 39 anos.

Conclusão

Consoante às demais literaturas, o sexo feminino apresenta maior número de vítimas de intoxicação exógena no país, correspondendo a 73% das notificações nos últimos dez anos, sendo a intoxicação por medicamento a mais comum. Os achados do presente estudo são fundamentais para tratar de forma rápida e eficaz tal problema e criar políticas de prevenção mais assertivas.

Área

Epidemiologia

Autores

Yasmin Dias Ribeiro, Ana Claudia Silva Alves, Pedro Hélio Estevam Ribeiro Junior