Dados do Trabalho


Título

Reinternações precoces em Unidade de Terapia Intensiva neurológica: uma análise de situação

Objetivo

Analisar a ocorrência e o contexto clínico das reinternações precoces em uma unidade de terapia intensiva (UTI) neurológica de um hospital privado.

Métodos

Estudo retrospectivo e longitudinal que avaliou as admissões da UTI neurológica com dez leitos de um hospital privado. A reinternação precoce foi considerada como nova admissão na UTI no período de até 48 horas da alta do setor. Foram analisados casos ocorridos entre de janeiro e dezembro de 2023 com auxílio de ferramenta baseada em Business Intelligence.

Resultados

Foram realizadas 548 admissões na UTI, sendo 5 (0,9%) classificadas como reinternações precoces. Deste grupo, 3 eram mulheres e 2 homens, com idade média de 67 anos (mínimo: 19; máximo: 93). Os diagnósticos compreenderam acidente vascular cerebral isquêmico (2/5), polirradiculoneuropatia subaguda (1/5), hematoma subdural agudo (1/5) e ressecção de tumor intracraniano (1/5). A média de permanência na UTI antes da primeira alta foi de 10 dias (mínimo: 1; máximo: 26), já a média de permanência na segunda admissão variou de 4 a 130 dias. As causas para a reinternação precoce foram: dessaturação (34%), rebaixamento de nível de consciência (22%), crise convulsiva (11%), manutenção de estado febril (11%), novo acidente vascular (11%) e realização de plasmaférese (11%). Quanto ao desfecho, a maioria (4/5) seguiu com alta da UTI e 1 paciente evoluiu para óbito.

Conclusão

A necessidade de nova internação prolonga o tempo de permanência na UTI e indica a necessidade de aprimorar o raciocínio clínico e a acurácia diagnóstica, de modo a fomentar a segurança do paciente e assegurar a alta segura.

Área

Neurointensivismo

Autores

Bruno Felipe Novaes Souza, Antonio Gonçalves Oliveira, Claudia Cristina Lira Santana, Danielle Menezes Vargas Silva, Viviane Rodrigues Silva, Ana Clara Silva Silva, Nathália Maria Santos Barboza, Cecília Maria Farias Queiroz Frazão