Dados do Trabalho

Título

Manejo dos pacientes com diagnóstico de sepse em uma Unidade de Terapia Intensiva cirúrgica

Objetivo

Avaliar as características demográficas, clínicas e condições de tratamento de pacientes com sepse em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) cirúrgica.

Métodos

Estudo longitudinal e retrospectivo, com fonte de dados secundários. Foram analisados os prontuários eletrônicos dos pacientes adultos na UTI cirúrgica de um hospital particular no período de janeiro a dezembro de 2023. A análise contou com todos os pacientes com diagnóstico de septicemia no momento da admissão, sendo desconsiderados aqueles que cursaram com esta condição durante o internamento.

Resultados

Dentre os 641 pacientes internados, 32 foram diagnosticados com septicemia na admissão. A idade média foi de 79 anos, variando entre 26 e 100 anos. A amostra contou com 19 mulheres (59%) e 13 homens (41%). Do grupo, 20 pacientes chegaram à UTI com o protocolo de sepse já iniciado na emergência. Os principais focos de infecção foram: respiratório (31,2%), urinário (21,8%) e nosocomial (18,7%) e as disfunções orgânicas mais prevalentes foram PAM<70mmHg (38%) e rebaixamento do nível de consciência (30%). Foram prescritos 13 antimicrobianos diferentes, sendo mais utilizados meronem (22%), piperacilina + tazobactam (15%), ceftriaxona (12%) e teicoplanina (10%). A taxa de letalidade foi de 59%.

Conclusão

A sepse na UTI cirúrgica afetou predominantemente pacientes idosos e atingiu uma taxa de letalidade significativa, evidenciando a necessidade de vigilância contínua e protocolos de controle de infecções que indiquem uso adequado de antimicrobianos e manejo de ressuscitação volêmica. Os resultados demonstram a importância de instituir estratégias para melhorar os desfechos clínicos e reduzir a mortalidade associada à sepse na UTI.