Dados do Trabalho
Título
Calorimetria indireta versus razão ureia:creatinina para avaliar catabolismo em pacientes graves
Objetivo
Correlacionar o comportamento da razão ureia: creatinina com o gasto energético determinado por calorimetria indireta em pacientes com COVID-19 grave para identificar o início da fase anabólica traduzida por redução da razão ureia: creatinina e diminuição do gasto energético na calorimetria indireta.
Métodos
Este coorte retrospectivo incluiu 20 pacientes com COVID-19 Grave confirmada por RT-PCR admitidos em uma UTI destinada a pacientes com COVID-19 de junho de 2021 a fevereiro de 2022 e que necessitaram de ventilação mecânica invasiva por pelo menos 3 dias e foram submetidos a determinação do gasto energético por calorimetria indireta no 1º, 4º, 7º, 9º, 11º, 14º, 17º e no 20º dia de intubação. Os resultados calorimétricos foram correlacionados com a razão ureia:creatinina. Os dados foram obtidos do prontuário eletrônico do hospital. Todos os valores coletados foram categorizados em três períodos de tempo baseado nos dias após inicio da ventilação mecânica: VM dias 1 a 4, VM dias 7 a 11 e VM dias 14 a 20.
Resultados
Vinte pacientes foram analisados. Medianas da idade de 49 anos, duração da ventilação mecânica 14 dias, permanência na UTI 20.5 dias e mortalidade hospitalar de 25%. Os valores de calorimetria permaneceram elevados nos 3 períodos (32.5; 31.8 e 29.9 Kcal/kg/dia, p=0.94) assim como a relação ureia:creatinina (82.7; 91.7 e 85.9, p=0.92).
Conclusão
Pacientes com formas graves de COVID-19, mantiveram-se hipermetabolicos e catabólicos durante 20 dias de evolução. Identificar a tendência de queda concomitante dos dois marcadores, permitiria utilizar a razão ureia: creatinina como marcador do inicio do anabolismo.
Área
Suporte Nutricional, Metabólico e Renal
Autores
Luis Carlos Machado e Silva, Joaquim Henrique de Carvalho Lobato Filho, Ana Chaves Silva, Adlyene Muniz da Silva Cruz, Jose Raimundo Araujo de Azevedo