Dados do Trabalho
Título
Fístula carotídeo cavernosa, uma complicação de ressecção trans esfenoidal de macroadenoma hipofisário: um relato de caso.
Descrição do caso
A fístula carotídeo cavernosa é uma comunicação anormal entre a artéria carótida e o seio cavernoso, podendo ser espontânea ou após traumas. Sua incidência é rara, variando de 0,17 a 1,01%. O exame padrão ouro para seu diagnóstico é a angiografia. O tratamento endovascular é a via de escolha e uma vez que a lesão é tratada, a pressão no sistema é normalizada, permitindo a regressão dos sinais clínicos. Paciente jovem, 32 anos, masculino, sem comorbidades prévias, admitido em hospital de referência no interior da Bahia, queixando-se de cefaleia há um ano, fotofobia e fonofobia. Diagnosticado macroadenoma hipofisário e submetido a microcirurgia para exérese do tumor via trans esfenoidal, sem sucesso após lesão arterial no intra operatório. Depois de uma semana do procedimento cirúrgico, cursou com epistaxe de grande monta além de proptose à esquerda, sopro ocular e quemose. Após Angio Tomografia de Crânio, obteve o diagnóstico de fístula carotídeo cavernosa à esquerda. Submetido à arteriografia cerebral com embolização, tendo retornado do procedimento já com reversão completa da proptose. Recebeu alta hospitalar mantendo acompanhamento com a neurocirurgia para posterior reprogramação cirúrgica. Apesar de ser uma entidade rara, é uma complicação possível de procedimentos neurocirúrgicos trans esfenoidais, devendo ser reconhecida precocemente. A não identificação implica em retardo do seu tratamento podendo culminar em complicações irreversíveis, inclusive óbito.
Área
Neurointensivismo
Autores
Ingrid Indira Magalhães Souza Ferreira, Livia de Aras Brandão, Diego Venicio Santos Argolo, Lucio Couto Oliveira Jr, Elissama de Jesus Sena Reis, Renata Nunes de Oliveira