Dados do Trabalho
Título
Análise de série temporal sobre as internações por Febre de Origem Indeterminada ocorridas no Brasil de 2014 a 2023
Objetivo
Analisar a tendência das internações hospitalares por Febre de Origem Indeterminada (FOI) no Brasil entre 2014 e 2023.
Métodos
Trata-se de um estudo ecológico, analítico, quantitativo, de séries temporais com uso da regressão linear generalizada de Prais-Winsten e tendência central. As variáveis independentes foram os meses de ocorrência, enquanto que a variável dependente foi o número relacionado às internações hospitalares por FOI (CID-10: R50). Como critérios de inclusão, têm-se dados de hospitalizações sobre FOI, por local de internação, ocorridas entre janeiro de 2014 e dezembro de 2023, obtidos transversalmente em junho de 2024 por meio do Sistema de Informações Hospitalares do SUS, disponíveis no Tabwin, DATASUS.
Resultados
Nesse período, houveram 56.202 internações, com 578 mortes subsequentes, concentrando-se, majoritariamente, na região Sudeste, com 277 óbitos, a qual também corresponde a 40,22% dos casos nacionais, com média anual de hospitalização de 5.620,2 (DP= 993,27). O ano de 2019 teve o maior número de casos, oposto de 2021, com amplitude de 2.624 internações registradas. O modelo de regressão de Prais-Winsten obteve um teste F-estatístico de 3,21 (p < 0.0758) e Intervalo de Confiança (IC95%) entre -1.925405 e 1.670344; com componente de tendência negativa dessas internações (p < 0,889) nesse período.
Conclusão
Embora essa série temporal de internações por FOI seja decrescente, as evidências não são estatisticamente significativas. Ainda assim, a região Sudeste concentra mais internações e óbitos, o que pode representar maior impacto epidemiológico nesta região.
Área
Epidemiologia
Autores
ANA BEATRIZ BAVARESCO, LUAN MATHEUS SIQUEIRA LIMA, LUIZA VEDANA MIOTTI, ALAN FELIPE BELLO SECCO