Dados do Trabalho


Título

“A relação entre fragilidade e gravidade da doença em adultos de meia idade e idosos críticos com COVID-19”

Objetivo

À medida que se envelhece, desenvolve-se a fragilidade, o que pode explicar a diversidade de desfechos entre indivíduos com COVID-19. Este estudo explora características clínicas de adultos de meia-idade e idosos críticos com COVID-19, seu status de fragilidade e sua relação com a gravidade da doença e complicações.

Métodos

Este estudo de coorte retrospectivo investigou a associação entre fragilidade e gravidade da doença em pacientes com mais de 50 anos internados em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um Hospital Universitário que testou positivo para SARS-CoV-2. Um índice de fragilidade de 30 itens mediu a fragilidade e a gravidade da doença foi medida usando o SAPS-3 e MEWS. Modelos de regressão binomial negativa e poisson foram empregados para analisar a relação entre esses fatores.

Resultados

Ao todo foram 91 pacientes com 50 anos ou mais, com idade média de 61 anos e baixa prevalência de comorbidade. Resultados sugeriram um risco moderado de morte. A maioria dos pacientes foi identificada como pré-frágil ou frágil. O escore SAPS 3 foi maior nos pacientes mais frágeis, mas não observamos associação entre o Pontuação MEWS e fragilidade. O tempo médio de permanência na UTI foi de 12,9 dias, sendo os pacientes pré-frágeis e frágeis mais longo. A taxa de mortalidade foi maior em os grupos pré-frágeis e não frágeis; porém, o grupo frágil teve maior efeito adverso.

Conclusão

Este estudo sugere que a fragilidade é crítica na determinação do prognóstico de adultos de meia-idade e idosos com COVID-19 internados em terapia intensiva.

Área

Índices Prognósticos

Autores

Ana Paula Rosim Giraldes, Paulo Oliveira Vasconcelos Filho, Henrique Pott Junior