Dados do Trabalho

Título

CHOQUE SÉPTICO REFRATÁRIO EM PACIENTE COM ANEMIA FALCIFORME EM UNIDADE DE TERAPIA INTESIVA.

Descrição do caso

A doença falciforme é multiforme podendo cursar com anemia hemolítica, crise vasoclusivas e isquemia tecidual, além de infecções que aumentam a morbidade e mortalidade. Há mecanismos que devem ser considerados: hipoesplenismo, imunidade humoral e celular alterada perfusão tecidual reduzida.
Paciente,29 anos, com diagnóstico de anemia falciforme , esplenectomizado aos 10 anos , em tratamento irregular para doença admitido em serviço de CTI devido a síndrome torácica aguda associada a choque séptico de foco pulmonar secundária a covid. Na admissão, apresentava-se em insuficiência respiratória e rebaixamento do nível de consciência, sendo entubado e investigado possíveis causas de infecção bacteriana associada .Persistiu em choque séptico durante a internação, além de cursar com vasculite séptica aguda e vasculopatia associada por altas doses de drogas vasopressoras (noradrenalina com associação de vasopressina ). Solicitado estudo para doenças oportunistas devido a imunossupressão. Por tempo de ventilação mecânica e internação no CTI evoluiu com infecção hospitalar e crescimento em aspirado traqueal de acineto multirresistente e klebsiella resistente a carbapenêmicos. Dessa forma, foi utilizado antibiótico de amplo espectro(Meropenem, Vancomicina e Ceftazidima e Avibactam). Apresentou piora da função renal ( lesão renal kdigo 3) por componente renal ( necrose tubular aguda e vasoclusões) com necessidade de hemodiálise .Paciente durante toda internação manteve Escore SOFA diário 20-24 evoluindo a choque refratário e óbito após 20 dias de internação.
Na Unidade de terapia intensiva é importante ressaltar o quanto comorbidades prévias do paciente podem influir no prognóstico, visto a gravidade do paciente com consequências de má aderência terapêutica e seguimento regular.