Dados do Trabalho


Título

Perfil epidemiológico de mortalidade por sepse no Brasil no período de 2012-2022

Objetivo

Sepse é uma resposta desregulada à infecção levando a uma disfunção orgânica (BRANDÃO, 2023); reação sistêmica que gera grande potencial de gravidade aos pacientes. O diagnóstico precoce é necessário para evitar as complicações trazidas pela condição. Assim, propõe-se traçar o perfil epidemiológico da mortalidade relacionada à sepse para facilitar a prematura identificação desses enfermos na população de maior risco.

Métodos

Estudo analítico de caráter retrospectivo, transversal e quantitativo, quanto à análise do perfil epidemiológico de mortalidade por Septicemia no Brasil de 2012 a 2022. Os dados foram provenientes do DATASUS, variáveis observadas: número de óbitos por sexo, faixa etária, etnia e ano de processamento

Resultados

No período analisado, a mortalidade por sepse foi mais alta entre brancos (54,77%) e mais comum em mulheres (51,2%). Além disso, o número de óbitos foi diretamente proporcional à idade, sendo que 37,8% do total de mortes eram idosos acima de 80 anos. Outrossim, a população de pacientes entre 1 a 4 anos (1.839) foi tão grande quanto a de 5 a 14 anos (1.536), justificando o grau de imaturidade imunológica dessa faixa etária.

Conclusão

A sepse apresentou maior mortalidade entre pacientes de etnia branca e, relativamente, maior em mulheres. Ainda, a idade foi fator determinante, devido a maior taxa de óbitos em pacientes idoso, enquanto a imaturidade do sistema imunológico das crianças mais novas também foi destacada. Esses dados são fundamentais para direcionar estratégias de prevenção e tratamento, ressaltando a importância de abordagens específicas para diferentes grupos demográficos no combate à sepse.

Área

Sepse e infecção

Autores

Mateus de Sousa Araújo, Maria Clara Almeida Leal, André Silva Cabral