Dados do Trabalho


Título

Epidemiologia da mortalidade por acidentes vasculares cerebrais em internações financiadas pelo SUS em um decênio.

Objetivo

Avaliar a mortalidade hospitalar por acidentes vasculares cerebrais (AVCs) no Brasil entre 2013 e 2022.

Métodos

Estudo ecológico de série temporal sobre mortalidade dos AVCs em hospitais brasileiros financiados por recursos públicos entre 2013 e 2022, baseado nos dados do Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde (SIH/SUS). As variáveis analisadas foram região, sexo, raça/cor e faixa etária.

Resultados

Das 1.548.745 internações, 15,55% resultaram em óbito, com taxa de mortalidade (TM) média anual de 15,57 mortes a cada 100 pacientes e uma redução da TM de 7,01%, ocorrendo de maneira irregular nesses 10 anos. 2021 destacou-se pela maior taxa média (14,86), enquanto 2022 apresentou a menor (16,21). Em relação à mortalidade por região, o Sudeste exibiu maior número (42,97%) e maior TM média (17,77), já o Norte apresentou TM média (17,55), totalizando 15.053 mortes (6,25%) e o Sul registrou a menor TM média anual (12,64), com uma fração de óbitos de 14,30%. Em relação ao sexo, o feminino exibiu maior TM em todos os anos, com TM média de 16,09 e 49,39% dos óbitos totais. Quanto à faixa etária, a predominância de falecimentos ocorreu na 8ª década de vida (30,17%, TM média=22,70). A categoria cor/raça com maior TM média foi a indígena (17,28), com 0,08% dos óbitos.

Conclusão

Houve redução da taxa de mortalidade hospitalar por AVC, com o Sul evidenciando melhor prognóstico. O sexo feminino, apesar de apresentar menos óbitos totais, expressa maior taxa de mortalidade, assim como a raça/cor indígena. Os óbitos foram distribuídos heterogeneamente entre as faixas etárias.

Área

Neurointensivismo

Autores

Ildete Viana, Jadde Guimarães, Alessandra dos Santos, Rayssa Arcanjo, Yedda Romeiro, Lucas Frederico de Amorim, Fernanda Marques