Dados do Trabalho

Título

Esteatose hepática aguda grave da gravidez: um relato de caso

Descrição do caso

O relato descreve o caso de uma paciente do sexo feminino, 29 anos, admitida por trabalho de parto prematuro, apresentando icterícia e sinais de disfunção hepática. Durante a hospitalização, desenvolveu complicações graves e subsequente óbito. Foi admitida na enfermaria de Obstetrícia com Idade gestacional de 34 semanas. Refere que descobriu a gestação há 3 dias e colúria, com sinais de icterícia. Nega acolia fecal, febre e dor abdominal. Relata pré-eclâmpsia na última gestação há 11 anos. Era hipertensa crônica, em uso de losartana e enalapril, concomitantemente. Foi admitida na Unidade de Terapia Intensiva após parto cesáreo, sem intercorrência. contudo evoluindo com piora da icterícia, colúria, hipocolia fecal e febre, sendo introduzido ceftriaxona e metronidazol. Realizou ultrassonografia que identificou colelitiase, sem dilatação de vias biliares. Evoluiu com dor abdominal no hipocôndrio direito e sinal de Murphy positivo. Apresentou piora com disfunção hepatocelular hepatocelular (Alargamento de relação normatizada internacional e encefalopatia Hepática, associado a elevação de transaminases). Paciente evolui com anemia aplástica grave com episódios de Neutropenia Febril, com piora da taquipneia e hiperlactatemia persistente (lactato:16). Evoluiu com rebaixamento do sensório, realizado intubação, intercorreu com choque circulatório refratário, acidose metabólica e hiperlactatemia severa. Paciente preenchia critérios para esteatose hepática aguda da gravidez, 8 critérios de Swensea, ponderado transplante hepático, porém, devido a complicações infeciosas, insuficiência renal e aplasia de medula, foi contraindicado. Paciente evoluiu com parada cardiorrespiratória e sepse, resultando em óbito. Destaca a necessidade de vigilância precoce e intervenções multidisciplinares em casos obstétricos complexos para evitar complicações fatais.