Dados do Trabalho


Título

Dengue com sinais de alarme graves e óbitos: estudo epidemiológico

Objetivo

Definir o perfil dos casos de dengue com sinais de alarme graves e óbitos no ano de 2024.

Métodos

Estudo epidemiológico retrospectivo e observacional, abrangendo o período de 2023 até março de 2024. Os dados foram obtidos através do SINAN-DATASUS.

Resultados

Até 13 de março de 2024, foram registrados 1.626.707 casos prováveis de dengue, com 463 óbitos confirmados e 863 em investigação. A letalidade para casos prováveis foi de 0,03 e para casos graves, 3,44. O número de casos prováveis em 2024 já ultrapassa as maiores incidências de 2023, com 128 casos de dengue grave e 13.125 casos com sinais de alarme confirmados. As regiões sul, sudeste e centro-oeste apresentaram maior incidência de casos graves e com sinais de alarme. O perfil etário dos óbitos confirmados foi predominantemente igual ou acima de 60 anos nessas regiões. Em relação aos óbitos e comorbidades associadas: indivíduos com ≤14 anos, 80% sem comorbidades; entre 15 a 60 anos 63% sem comorbidades e acima dos 60 anos 31% não possuíam comorbidades.Os sintomas mais comuns em casos de dengue com sinais de alarme foram plaquetopenia, dor abdominal, hipotensão, vômitos, letargia e hemorragia, enquanto em casos graves incluíram taquicardia, extremidades frias e alterações de nível de consciência, entre outros. Comorbidades como hipertensão, diabetes e doenças autoimunes estiveram mais presentes nos casos fatais, variando de acordo com a faixa etária.

Conclusão

2024 destaca-se como o ano com maior transmissão de dengue no Brasil, revelando uma variação nos sintomas e sinais de alarme e óbitos conforme a faixa etária.

Área

Epidemiologia

Autores

Larine Ferreira Lira, Darllane Mickaelle Pereira, Walfrido Bispo Júnior, Ernann Tenório de Albuquerque Filho