Dados do Trabalho


Título

Ocorrência de eventos adversos em unidades de terapia intensiva no sul da Bahia

Objetivo

Avaliar as associações entre a incidência de eventos adversos entre Unidades de Terapia Intensiva COVID e NÃO COVID e as variáveis relacionadas ao perfil dos sujeitos.

Métodos

Estudo transversal, retrospectivo, em instituição do sul da Bahia com 10 leitos para UTI COVID e 20 para UTI não COVID. Analisou-se 399 prontuários de pacientes internados de março a outubro de 2020, com coleta de dados realizada entre maio e julho de 2021 via prontuário eletrônico.

Resultados

Houve diferença significativa para média de idade entre as unidades COVID e NÃO COVID (62,2 ± 16,3 vs. 69,2 ± 17,1; p<0,001), dias de internamento (11±9,9 vs.12,0±18,9, p=0,013) e média Braden (14,0±3,76vs.12,6±2,94, p<0,001). A ocorrência de Eventos adversos/Incidentes foi positivamente correlacionada com tempo de internamento (r=0,314, p<0,001 vs. r=0,230, p<0,001), e com a idade, somente na UTI NÃO COVID (r=0,149, p=0,24); e negativamente com a média Braden. A taxa de mortalidade geral na UTI COVID foi de 52%, com total de 67 casos de eventos adversos. O resultado difere da mortalidade não relacionada ao COVID, que foi de 28%, com 47 casos de eventos adversos.

Conclusão

O perfil das unidades reflete achados da literatura, com sujeitos mais jovens e maior mortalidade. Apesar de debates sobre limitações na avaliação de eventos adversos, os resultados podem sublinhar sua prevalência e gravidade, incluindo a morte. Os dados obtidos na pesquisa oportunizam criação de estratégias para à redução de eventos adversos, orientando os profissionais de enfermagem no cuidado personalizado.

Área

Gestão, Qualidade e Segurança

Autores

MARIANE OLIVEIRA COSTA SILVA, TALITA MACHADO LEVI, DAVID OHARA, FLÁVIA AZEVEDO DE MATTOS MOURA COSTA, ALBA LUCIA SANTOS PINHEIRO, ÍTALA PARIS DE SOUZA, JEFFERSON ALVES SANTANA