Dados do Trabalho


Título

Azul de Metileno na Sepse: uma revisão sistemática de ensaios clínicos randomizados

Objetivo

Objetivo: Analisar o efeito do azul de metileno nas fases iniciais da sepse.

Métodos

Metodologia: Revisão sistemática conduzida nas plataformas: PubMed, Cochrane e Embase, utilizando as palavras-chaves methylene blue, MB, septic shock e sepsis. Os critérios de inclusão aplicados foram: coerência com o tema, ensaio clínico randomizado em adultos e com resultados já publicados em inglês. A seleção final excluiu resumos, estudos duplicados ou com viés significativo, finalizando a busca com 3 artigos.

Resultados

Resultados: Observou-se resposta dose-dependente de aumento da PAM, DC e RVS após infusão da droga em baixas e altas doses, devido a ação no enchimento e função ventricular esquerda, assim como na oxigenação tecidual, que pode causar declínio do lactato. Estudos demonstraram piora da ventilação-perfusão e trocas gasosas, mas sem desfechos clínicos ruins. Houve descontinuação precoce do vasopressor, diminuição da dose de norepinefrina e dos pacientes que reiniciaram o uso desta droga após 48 horas do desmame, além disso apresentou mais dias sem DVA e menor internação hospitalar. Os efeitos adversos comuns foram alteração da cor da urina, metahemoglobinemia e vasoconstrição esplâncnica se altas doses, porém estudos sugerem que também diminui o NO e GMP cíclico, pode ter efeito pró-coagulante e alterações na pressão pulmonar. Não foram observadas mudanças quanto a ventilação mecânica ou FC.

Conclusão

Conclusão: Os resultados na literatura ainda são contraditórios, por isso são necessários estudos com amostras significativas para melhor avaliação. Porém, os dados apontam benefícios no tempo de internamento e retirada precoce de DVA, além de ser uma droga com pouca toxicidade.

Área

Sepse e infecção

Autores

Maria Eduarda Mota Oliveira, Gabriel Diógenes Moreira Ferreira, Isa Micucci Requião