Dados do Trabalho


Título

Efeito da Ketamina na pressão intracraniana: uma revisão sistemática e meta-análise

Objetivo

Avaliar o efeito da Ketamina na pressão intracraniana de pacientes neurocríticos, bem como em seus desfechos associados, como tempo de internação, desfecho neurológico, complicações e mortalidade.

Métodos

Foi realizada uma revisão sistemática e meta-análise conforme os padrões da COCHRANE e protocolo PRISMA. A pesquisa incluiu artigos até março de 2024 e as bases de dados utilizadas foram a Embase, PubMed e Web Of Science.

Resultados

10 estudos (N = 751) preencheram os critérios de inclusão. A diferença média da pressão intracraniana antes e após a sedação com Ketamina foi de -2.53 [-71.06; 66.01]. No subgrupo de pacientes com hipertensão intracraniana, a diferença média da pressão intracraniana antes e após a sedação com Ketamina foi de -11.09 [-121.83; 99.65]. O tempo médio de internação dos pacientes da amostra foi estimado em 18.19 [16.74; 19.65]. A chance de desfecho neurológico positivo foi estimada em 37% (IC 95%: 18-57%; I² = 81%). O risco de complicações foi estimado em 36% (IC 95%: 0-77%; I² = 97%). O risco de mortalidade em 30 dias encontrado foi de 20% (IC 95%: 0-44%; I² = 97%), enquanto o risco de mortalidade no follow-up máximo foi de 11% (IC 95%: 0-24%; I² = 98%).

Conclusão

Dessa forma, nota-se que a Ketamina teve um impacto positivo na pressão intracraniana de pacientes com hipertensão intracraniana, ao reduzir a pressão nesses pacientes. Além disso, os pacientes tiveram uma chance de desfecho neurológico positivo (GOS ≥ 4) razoável, além de uma baixa taxa de mortalidade no máximo follow-up.

Área

Neurointensivismo

Autores

Davi Amorim Meira, Gabriel Souza Medrado Nunes, Jefferson Heber Marques Fontes Jr., Hugo Nunes Pustilnik, Beatriz Lopes Bernardo Da Cunha, Silvio Porto Jr., Gabriel Araújo Cerqueira, Tancredo Ancântara